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TDAH na pessoa adulta: Algumas implicações

Foto do escritor: Ozana Leal Ozana Leal

Atualizado: 29 de jun. de 2020

TDAH em adultos?! Existe?! Ou é apenas uma invenção em busca de aprimoramento do funcionamento do cérebro que algumas pessoas buscam magicamente?! Cientificamente o TDAH em adulto é real, pesquisas recentes mostram que dois terços das crianças diagnosticadas com o transtorno na infância o levam para a vida adulta. Isso significa que 4 a 5 % da população adulta tem TDAH. Além daqueles pacientes que não tiveram o diagnóstico na infância.


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido comumente por TDAH é um transtorno que afeta a produção de dopamina de seus portadores. Esta produção baixa de dopamina provoca, no portador deste transtorno, dificuldades relacionada à concentração e reflexos significativos na sua atenção.




O TDAH é um transtorno neurológico, que é normalmente visível em crianças, contudo, nos últimos anos, inúmeras pesquisas tem mostrado a continuidade deste transtorno na idade adulta. Muitos destes não obtiveram o diagnóstico na infância e por este motivos colhem inúmeros prejuízos em sua vida social adulta. Enfrentando desta forma, inúmeras dificuldades para o desenvolvimento de seu potencial total. Muitos adultos conseguem enfrentar os prejuízos do transtorno na fase adulto, desenvolvendo estratégias para conter a impulsividade, a hiperatividade e até mesmo a desatenção, contudo isto demanda deste indivíduo um gasto considerável de energia.


A mente de uma pessoa portadora deste transtorno é única, pois há uma subutilização do lóbulo frontal. Estudos mostram que há certa deficiência na comunicação da parte frontal do cérebro com as demais áreas. A região frontal do cérebro é a responsável pelo controle inibitório, capacidade de concentração, memória, autocontrole e planejamento. O cérebro do TDAH apresenta disfunções nesta área em particular, contudo, há pesquisadores que apontam outras regiões do cérebro que também podem ser afetadas pelo transtorno. Regiões estas nos quais os neurotransmissores responsáveis, dopamina e norepinefrina, se encontram em baixa atividade. É importante salientar que estes neurotransmissores são responsáveis pela transmissão de informações entre os neurônios.



De forma resumida o TDAH se apresenta no indivíduo de três formas, a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade. Para se fechar o diagnóstico é preciso que estas três áreas sejam analisadas. Geralmente o transtorno é identificado na infância, pois a criança apresenta dificuldades em se manter quieta e seu desenvolvimento pedagógico se encontra comprometido pela falta de atenção. Contudo, muitos dos portadores carregam o transtorno para a vida adulta onde este se apresenta de uma forma um pouco diferente. Veja abaixo algumas características do TDAH em adultos:


· Funcionamento deficiente no trabalho;

· Mudanças de emprego frequentes;

· Comportamento sexual de risco/aumento de gravidez na adolescência e de doenças sexualmente transmissíveis;

· Direção perigosa (dirigir em alta velocidade, acidentes frequentes);

· Dificuldade no manejo de finanças;

· Problemas nos relacionamento amorosos e relacionamentos conjugais;

· Atitudes antissociais (mentir, roubar e brigar) que conduzem ao contato frequente com a polícia e detenções, e até algum tempo na cadeia, são muitas vezes associadas, ao maior risco de uso e abuso de drogas legais;

· Estilo de vida em geral menos saudável (menos exercícios, entretenimento solitários mais sedentários, como vídeo games, televisão, surfar na internet, obesidade, comer desenfreadamente ou bulimia, nutrição deficiente, maior uso de nicotina e álcool), e consequentemente, um risco aumentado de doença cardíaca coronária.


É importante ter ciência de que se o leitor apresenta mais de quatro dos sintomas citados acima, convém procurar um especialista, para que desta forma uma avaliação possa ser feita e o diagnóstico possa ser ou não confirmado. Os sintomas citados devem se apresentar de forma a trazer prejuízos para a vida social e o convívio social do indivíduo.


Uma importante fala, ao se descobrir o TDAH é entender que este não o define, que o tratamento é possível e que você pode usufruir de todo o seu potencial. O tratamento, acompanhamento lhe traz a oportunidade de se desenvolver ao máximo, de otimizar o seu tempo, de aprender a se organizar, melhorando o seu convívio social e familiar. Não se deve vitimizar ou culpar o transtorno pelas suas falhas não é o caminho ideal. O diagnóstico lhe torna conhecedor de sua situação e lhe dá a oportunidade de mudar esta.

REFERÊNCIAS


BARKLEY, Russel; BENTON, Cristiane. Vencendo o TDAH: Adulto. Porto Alegre: Artmed. 248 p., 2011.

MATTOS, Paulo. “No mundo da Lua”. Rio de Janeiro: Lemos, ed. 4, 167p. , 2003.

SOLANTO, MV, Arnsten AFT, Castellanos, FX (2001). Stimulant drugs and ADHD: Basic and Clinical Neuroscience. New York: Oxford University Press.


 
 
 

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