É bem sabido que os bebês ouvem o que se passa ao redor da mãe e já estão atentos esses sons. Quando nascem já conhecem muitas coisas “de ouvido” como a voz de pessoas familiares, músicas e sua própria língua materna.
Esperamos que o bebê demonstre cada vez mais curiosidade por esses sons à medida que cresce e vai se desenvolvendo do ponto de vista motor, ou seja, quando seu pescoço fica firme ele volta a cabeça para o lugar de onde vem o som (seja a voz da mãe, a televisão, um carro que passa na rua, o cachorro que
late, etc). Quando começa a rolar ele busca pelo chocalho que cai mais longe do corpo, quando começa a engatinhar vai atrás de algum objeto. E assim vamos observando seus interesses.
É importante que os adultos que cercam esse bebê dêem nome aos objetos, descrevam as atividades que desempenham juntos (do banho ao passeio na rua), falem de
seus sentimentos (quando estão tristes, ansiosos ou com raiva, por exemplo). Mas também devem estar atentos ao desenvolvimento auditivo – o bebê dá sinais de que escutou algum som? Ele vira a cabeça? Acalma-se quando está chorando e a mãe avisa que está por perto?
O desenvolvimento visual é tão importante quanto o desenvolvimento auditivo: o bebê presta atenção aos movimentos da sua boca quando você conversa com ele de pertinho? Ele te olha e tenta imitar caretas? Ele se aninha ao seu colo quando você o carrega?
Experimente usar uma voz bem doce e meiga se você observa que seu bebê é muito quietinho, pouco interessado às coisas que se passam à sua volta. Você pode falar com ele usando aquele jeito quando conversamos com bebês – costuma chamar bastante a atenção deles.
Acreditamos que tudo é linguagem! Tudo comunica! Só precisamos estar atentos para perceber com rapidez quando algo não vai bem. Bebês que "dão muito trabalho" ou que se fazem passar desapercebidos podem estar (da sua forma) pedindo por ajuda.
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